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19.10.13

Homenagem a Vinicius de Moraes

Mas que amor de cachorrinho!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Onde eu possa fazer carinho?
Eis-me aqui a cantar a musica em homenagem aos cem anos de nascimento de Vinicius de Moraes. Nos anos de bossa nova, enquanto Vinicius trabalhava de vice-cônsul e embaixador cultural, muitos o criticaram. Mas também na época da Ditadura pouco se podia falar e, com alguém com tantas virtudes como o nosso grande poeta, ficava difícil manter a boca fechada, e vexado ele nunca foi, mas apaixonado sempre sera. Então que seja eterno enquanto dure, Vinicius!! Tenho certeza que eu aprendi a compor e cantar antes de falar. Também não era por menos, com uma família doce, a "la do-re", "pra mi fai sol", papai no violão, mamãe a cantarolar umas notas, e a acalorar nossas tardes, a minha irma sopranissima de Opera House, não havia como não fazer meus primeiros batuques no xilofone estridente, mas que eu tratava inutilmente de faze-lo mais harmônico, e depois não poderia deixar de dedilhar em meu piano de brinquedo que ganhei do meu tio, e minha família finalmente pode desfrutar de um som mais suave. E, com apenas três anos, compus minhas primeiras cantigas. Talvez para me fazer ninar, já que era a caçulinha, e as vezes era deixada de lado por ser tao pequenina e frágil. E havia umas duas canções que meu pai tocava no violão, e uma delas era da casa engraçada (e vejam só que era de Vinicius e eu já dormia com ele em meus sonhos e nem sabia). E era assim:

"Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada...

E depois meu pai cantava tudo de novo substituindo as vogais, "Ara ama casa maata angracada, naa tanha tata naa tanha nada..." E "Ere eme cese meete engrecede, nee tenhe tete, nee tenhe nede..." E isso foi um bom treino mental e de ritmo, e a gente se divertia e estudava ao mesmo tempo e,o que era melhor, sem perceber.

E havia outra musica que ele cantava antes de eu dormir que eu repetia como um mantra: Boi, boi, boi, boi da cara preta..." E outra do Vinicius, "Lá vem o pato Pata aqui, pata acolá. Lá vem o pato Para ver o que é que há!" E ahi então eu nem conseguia fechar o olho, com o zoológico inteiro na minha imaginação era logico que eu só pensava em contar carneirinhos só para o boi dormir. Fui, então, como Vinicius, criada entre música, sons, sussurros e suspiros. Minha irmã e meu irmão tentavam alguns acordes no violão do meu pai que sempre tocou piano que aprendeu com a minha avó que era professora de piano, e ambos tocavam divinamente. Pai, pai, pia, piano, pianíssimo!! Que bons tempos... e grata lembrança. Mas os anos se passaram, e meu amor pelo piano foi levado ao ritmo e ao movimento, que foram crescendo desde sempre e tao naturalmente em mim, e a dança passou a ser minha nova paixão. Mas para encerrar o refrão, cito Vinicius como se ele falara por mim:
"Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto." Como diz sua própria musica, a vida não gosta de esperar...

16.10.13

Direitos Humanos

Qual a origem da misoginia, a xenofobia e homofobia? Por que ainda se pratica tanta violência contra as mulheres e os homossexuais? Por que o feminino se dispõe a ser tão amedrontador, ameaçador e submetido a tantos martírios? E por que as Amazonas foram consideradas lendas ao invés de serem defendidas e definidas no contexto histórico como libertadoras e emancipadoras da alma? Se seus contos e façanhas foram banidos ou punidos, abafados pela sociedade e pelo poder, mas embutidos na psique humana sobrevivem até hoje. O livro que acabo de publicar na Amazon do Brasil aborda a conscientização da natureza histórica que tanto contribui para a perpetuação da desigualdade e do papel do homem e da mulher na sociedade gerando por sua vez um desvirtuamento de poder, de valores e de princípios que geram a violência.


"Memórias de uma amazona” é um relato sobre vidas passadas revelando mistérios e se resvalando sobre o reino do imaginário que desafia a humanidade para a visão de uma sociedade livre de preconceitos para a erradicação da raiz de problemas um tanto complexos. E que essa visão tanto beneficiaria a chegada de um tempo de paz entre tanta discórdia e desentendimento que aflige o mundo atual.
Então, falar de direitos humanos, há um monte de erros para fazer tudo direito como o preconceito e o desprezo a cidadãos considerados inferiores, e qualquer ato de dominação e discriminação seja por etnia, ou nacionalidade, inclusive o que também é considerado uma violação pela Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) que reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos Direitos Humanos.
Se alguém segura uma corrente
para dominar e violentar outrem,
esse alguém esta acorrentado rente
ao mesmo do outro lado também.


Este post é a minha maneira de participar do Blog Action Day , uma iniciativa global que participo desde que começou em 2007: No ano passado o tema foi "The Power of WE"

Em 2011, o tema era ALIMENTO
Em 2010, nós falamos sobre um assunto muito sério : Porque água se torna vital
Em 2009, eu de alguma forma acabei falando dos "My Multimedia Books" ou seja "Meus Livros"
Em 2008 eu estava "combatendo a pobreza no mundo"
E o último como tambem o primeiro , mas não menos importante para arrebentar a boca do balaoAquecimento Global

15.10.13

Gilberto Mendes: Um compositor com nota G, de Generoso, acordando em Sol Maior!

Há um ditado que diz que algo como "O tempo voa quando você se diverte!" E isso é exatamente o que aconteceu comigo nas últimas duas semanas. Embora eu também acredite que quando você faz muitas coisas parece que passou uma década. Eu tenho tantos eventos culturais e convites esse mes, tanto em Sao Paulo como em Santos, que mal pude eu manter o controle do tempo. Ele deslizou entre minhas mãos. Mas o que eu tenho gravado em minha memoria vai ficar para a eternidade. Parece ontem quando eu participei da cerimônia de abertura da nova temporada de shows em Santos. Então fui para a exposição na Pinacoteca também localizada em Santos. Também fui a uma sessão de cinema. Finalmente, fui à inauguração (quase) do Teatro Guarany (houve um evento público um mês antes) Guarany é uma tribo indígena no Brasil, mas não havia muito de sua presença no interior do teatro, a nao ser no teto, com figuras lindas, que por sinal é uma coisa de tal sofisticação incrível com detalhes para a preservação e restauração, assim como o teatro tem um toque moderno. Na verdade o que mais me impressionou na cerimônia (além da beleza da música e o documentário muito interessante de uma hora ou mais) era exatamente a falta de público. Não que fosse para a elite. Mas, mais uma vez, eu percebo que um evento, mesmo anunciado para o público em geral, não faz quorum. Apenas algumas pessoas vieram para apreciar esta obra divina. Eu tirei algumas fotos do interior do edifício. Eu estava deslumbrada pelo trabalho que fizeram. Por muito tempo, pra nao dizer decadas, só a vegetação cobria o local, e observava as paredes do teatro tomando conta de tudo (ou os remanescentes do mesmo), e nao havia mais nem o teto antes da reforma e as pinturas ja haviam quase desaparecido. Eles tiveram que reconstruir todo o teatro praticamente a partir do zero e, atraves de esboços, considerando que eles tem o plano antigo e com base nisso que fizeram toda a sua restauração.

Vi a primeira apresentação pública de um concerto la, com uma composição de outro compositor nascido em Santos, o Maestro Camargo Guarnieri. Então notei muitos "orbs" ao redor no palco e na plateia (em ingles se chama orbs e eu me dou o direito a livre traducao como "Objetos Redondos Bastantes Sobrenaturais", como algumas rodas inexplicáveis e formas transparentes, como "foo fighters", orbitatando em forma de círculo), e não era muito de minha surpresa que esse fenômeno acontecesse em lugares antigos, mas eu já sentia algumas presenças, definitivamente relacionadas ao compositor a quem estava sendo concebida a homenagem.

Lá eu também encontrei um outro compositor de Santos, o Sr. Gilberto Mendes, que ja havia visto em outras ocasioes, em muitas delas com homenagens feitas a ele, e desta vez eu lhe pedi um autógrafo: "Você é musicista também?" Ele me perguntou. "Não, mas eu gosto muito de música ... bem, eu canto."


Eu segurando um dos livros de Gilberto Mendes na livraria da Sala Sao Paulo

Acima, uma imagem de Gilberto Mendes comigo no Teatro Guarany, em Santos, Brasil. Abaixo, sua assinatura que ele graciosamente me concedeu com um coração vencido embevecido e se nota isso pelo gráfico na primeira letra do seu primeiro nome "G" (e ele disse que era o papel que fez a tinta falhar, mas eu já ouvia seu coração alegremente dançando com muita alegria e muita emocao e com um sorriso, dizendo: "Gee", enquanto tentava, em vão, marcar a nota no G de generoso!;)
Eu não me considero musicista, mas agora, pensando mais sobre isso, eu deveria. Eu componho e canto minhas próprias canções. Se isso não é ser um músico por excelência, eu não sei o que seria. Só porque eu sou muito tímida para mostrar a maior parte das minha composicoes ao público, isso não significa que eu não pertenço ao clã de musicos. Eu não gosto de rótulos também, mas o meu apelido (o que a minha família deu para mim mesmo antes de eu ter o meu próprio nome) já tem uma marca musical nele (Decca). E não é sem base nem fundamento: minhas duas irmãs são cantoras, uma delas lirica, e meu pai e minha avó também tocavam piano e a minha avo e tambem minha tia-avo eram professoras de piano. Nao preciso nem dizer, EU AMO / VIVO A MÚSICA AO VIVO!

Gilberto Mendes completou esse domingo seus 91 anos. Parabens a esse santista, mais um criador que essa cidade tanto admira. E eu, santista tambem, admiro esse compositor e essa cidade. Tanto que vejo na foto acima as flores da entrada do casarao da Pinacoteca, como passaros, um beija-flor com seu corpo azul e com faceiras asas amarelas no alto e, logo abaixo no lado esquerdo, admirando o trabalho do beija-flor, um minusculo pavao com sua coroa, tentando alçar um voo magnifico.